Fica, vai ter bolo

É incrível como o blog continua recebendo visitas e comentários diariamente, mesmo que tenha sido abandonado em 2012, com raras aparições nos últimos anos.
10 anos, hein. Quem diria? Na realidade o aniversário do blog é em outubro, pouco tempo antes do meu (é dia 28/10, sinta-se livre pra me presentear), mas como sempre, a inspiração é algo que me aparece de vez em quando e preciso aproveitar este momento tão raro quanto a passagem do cometa Halley.

A minha história com este blog é interessante ou não. Depois de 3 blogs fracassados em outras plataformas, decidi criar este aqui e a intenção era ser famosa que nem o Cid do Não Salvo. Obviamente não funcionou. Nem ao menos um simbolo de verificação conquistado, convites pra eventos de anime ou marcas me enviando produtos pra publicidade. Mas pelo menos já chegaram a perguntar se me conheciam no Yahoo! Respostas (não achei o link, mas juro que aconteceu) e alguém criou um blog com nome parecido ao do Lixeiro Textual e roubou meus textos também (também não achei, mas eu tava lá. Eu era a pessoa plagiada).

Tanta coisa mudou de 2009 pra cá, que se eu for parar pra contar tudo, isso aqui vai ficar maior que os textões que eu já escrevi no Facebook. Saiu e entrou gente na minha vida, fiz coisas que disse que nunca faria, mudei de ideia sobre muito assunto, viajei, me mudei pra outro estado e depois voltei. Beijei, chorei, transei (não necessariamente nessa ordem), casei, tive filhos (um deles morreu em 2014), amei intensamente e vivi coisas tão únicas, que cada detalhe continua fresco na minha memória.

Sinto falta da adolescência e sua falta de responsabilidade adulta, o metabolismo acelerado, a pele sem poros dilatados e aquela esperança de chegar aos 25 formada, com casa própria, carro e 3 passaportes carimbados como da Glória Maria. Não estou formada ainda, moro de aluguel, ando a pé e nem ao menos tenho passaporte. Talvez tenha desviado do caminho. Talvez se tivesse tomado outras decisões, isso seria diferente. Talvez. Mas se há algo que aprendi ao longo desses 10 anos, é que ninguém criou uma maquina do tempo ainda. Se tivesse, eu já teria consertado essa merda toda.

Cheguei aos 25 anos e não cumpri muitas metas que a Vanessa de 15 anos - adolescente e desocupada - queria viver/fazer.Mas o lance da vida é esse: quebrar a cara, aprender e progredir. Depois você morre. Pelo menos chego a esta idade com o figado intacto, nenhum vídeo vazado no x-videos e com um réu primário pra ser gasto. Nem tudo está perdido.

Até a próxima e obrigada pelos views.